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AMA Supercross: Param as corridas mas o trabalho continua para as equipas e pilotos

As
coisas mudam e continuam a mudar rapidamente. No entanto, há uma coisa que é
certa: o surto de coronavírus que se alastra por todo o mundo impede o regresso
à competição de todas as equipas e pilotos que aproveitam este momento difícil
de formas distintas.

Dan
Fahie, manager da Monster Energy Kawasaki, tenta manter uma visão positiva
sobre a situação. “No que diz respeito à Monster Energy Kawasaki, a equipa e os
pilotos estão na mesma. Ainda estamos a preparar as motos, motores, suspensão,
etc. para o Eli e para o Adam enquanto eles continuam a fazer o seu trabalho
durante a semana. As únicas diferenças são o facto de não estarmos em viagem
nem fazermos corridas ao fim-de-semana”.

O manager da Honda HRC, Erik Kehoe, está a levar a
situação dia-a-dia, pois nestes tempos sem precedentes a incerteza é inevitável.
“Como equipa, estamos a tentar
tirar o melhor partido da situação, utilizando este tempo de paragem para nos
concentrarmos em projetos que anteriormente estavam um pouco em segundo plano.
Durante a atarefada temporada de corridas, é difícil concentrar a nossa energia
em certas coisas na oficina porque estamos na estrada ou na pista. Uma das
coisas em que estamos a trabalhar é em melhorar a nossa análise do inventário
de peças e estudar diferentes peças e componentes para uso futuro, assim como
começar a olhar para a nova moto. Os pilotos também estão a tirar partido deste
tempo de paragem. O timing funciona bem para o Justin que ainda está a
recuperar da lesão na mão e esta paragem vai dar-lhe tempo para recuperar totalmente,
voltar à moto e à sua velocidade habitual antes de voltarmos às corridas. O Ken
está bem, portanto está pronto para quando o campeonato recomeçar. No entanto,
também está a utilizar este tempo extra para descansar o seu corpo”, avança
Kehoe.

Já Jeremy
Albrecht, manager da JGRMX/Yoshimura/Suzuki
Factory Racing refere que “a única parte boa de toda esta
situação é que os meus pilotos têm mais tempo para recuperar das lesões”. No
entanto, Albrecht acrescenta que, apesar de essa possibilidade ser boa a curto
prazo, torna o desafio de trabalhar nos planos para o próximo ano ainda maior.

“É difícil de planear quando não sabemos nada. Estamos
todos no mesmo barco e a fazer o nosso melhor para nos mantermos concentrados e
prontos para quando for possível voltar a competir. De momento, estamos a pôr em
dia o trabalho de loja que precisava de acontecer. Hoje levei o Charles
Lefrancois ao aeroporto para voar para casa em França, uma vez que nenhuma
corrida está a acontecer como tínhamos planeado. Estou chateado por ele ter trabalho
tanto e não ter conseguido mostrar a sua melhoria no Supercross. A equipa está
a preparar-se para o Savatgy, o Tickle e o Noren voltarem à competição. Já o
Martin tem treinado ao ar livre na Flórida”.

Wil
Hahn, que está à frente da equipa Monster Energy Star Racing Yamaha mostra-se
incrédulo com toda a situação e, principalmente, com a velocidade com que tudo
aconteceu. “O mais surpreendente, acho eu, é a rapidez com
que o número de casos aumentou. É mesmo muito assustador. Toda a situação parece
saída de um filme. Quanto
a nós (equipa) continuamos a trabalhar tanto quanto nos é permitido, mas
tentamos minimizar o contacto com as pessoas ao máximo. Por exemplo, sair para
comer, etc”.

Tyler Keefe, manager da Troy Lee Designs/Red
Bull/KTM, diz que, neste momento, é muito difícil planear qualquer coisa a
longo prazo. Sem corridas estamos a utilizar este tempo para manter os nossos
pilotos em forma. Em termos de treinos de moto, diminuímos para dois dias por
semana”.

Foto: AMA Supercross



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