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Gasolina Comum ou Aditivada? – Revista Pró Moto

Muitos motociclistas chegam ao posto e ficam na dúvida entre qual combustível utilizar

Afinal, entre as opções de gasolina há a comum, a aditivada e a premium. Confira as diferenças entre eles para que você possa escolher o mais indicado para seu veículo.  

Gasolina comum
A gasolina comum pode ser utilizada em qualquer moto. No Brasil, toda gasolina vendida nos postos tem adição de etanol anidro, que é o etanol quase totalmente sem água. Pelas regras da Agência Nacional do Petróleo, a ANP, as gasolinas comum e aditivada vendidas no País devem ter 27% de etanol anidro em sua composição. Para as gasolinas premium, o valor é de 25%. “O etanol, nesta porcentagem, funciona como um antidetonante da gasolina, ou seja, ele faz com que a gasolina resista melhor à compressão do motor e entre em combustão no momento ideal. Isso ajuda a melhorar o desempenho”, explica Pose. “Outro motivo muito importante para a adição de etanol anidro na gasolina é o ambiental. Com menos gasolina sendo consumida, temos menos produção de monóxido de carbono”.

Hoje, a gasolina comum e a gasolina aditivada vendidas no Brasil devem ter índice de octanagem de no mínimo 92 octanas RON. A octanagem é um número que indica a capacidade dos combustíveis de resistir a altas temperaturas e pressões na câmara de combustão do motor antes de detonar, ou seja, sem que a faísca da vela seja disparada pelo sistema de ignição. Quanto maior a octanagem, maior a resistência à detonação e melhor o desempenho do veículo.

Gasolina aditivada
Ao contrário do que muitas pessoas pensam, gasolina aditivada não aumenta a potência do motor. A gasolina aditivada é a gasolina comum que recebeu aditivos que ajudam a melhorar a performance e o rendimento do veículo, além de auxiliar na limpeza do motor. Com o tempo, vapores de lubrificante que normalmente circulam pelo motor depositam-se nas válvulas de admissão, e na ponta dos bicos injetores, podendo prejudicar o bom funcionamento do motor. Os aditivos ajudam a remover esses resíduos.

“Somente um combustível com um aditivo efetivo consegue dissolver esses resíduos e prevenir a formação de novos depósitos. O aditivo aumenta o período de resistência a oxidação, dando maior estabilidade aos combustíveis. Se o veículo ficar parado por um longo período, como durante o isolamento social, o mais indicado é abastecer com combustível aditivado”, sugere Pose.

O uso constante de combustíveis aditivados ajuda a limpar o motor de resíduos, protege e lubrifica as partes internas para que se movimentem mais suavemente, reduzindo o gasto de energia. Além destes benefícios, as distribuidoras contam com aditivos que melhoram a performance dos veículos. “Os combustíveis aditivados da família Shell V-Power, por exemplo, possuem a tecnologia Dynaflex, que traz mais performance e rendimento, agindo em altas e baixas rotações do motor, seja no anda e para das cidades ou na fluidez das estradas. Ela é ideal para qualquer tipo de veículo, desde os de baixa até os de alta potência”, detalha Gilberto Pose. “O abastecimento continuo com combustíveis aditivados evita o acúmulo de partículas que prejudicam o desempenho do motor, o que reflete em um veículo com menos problemas a médio e longo prazo”, complementa.

Gasolina premium
Veículos com motores de alto desempenho, como as motos de competição, precisam de combustíveis com maior octanagem por terem maior potência. Para estes, o indicado é abastecer com gasolina premium, que possuem octanagem de no mínimo 97 RON, enquanto os combustíveis aditivados têm o mesmo índice de octanas que os combustíveis comuns (no mínimo 92 octanas RON para a gasolina).

Mas se engana quem acha que vale a pena abastecer qualquer veículo com gasolina premium. “Mesmo os motores de baixa cilindrada podem ser abastecidos com combustível de alta octanagem. O diferencial de performance, porém, é mais perceptível em veículos com motores de alto desempenho”, avisa Pose. Se você está na dúvida se a gasolina premium é indicada para sua moto, consulte o manual do proprietário. “Abastecer o veículo com octanagens muito acima da aconselhada pelo fabricante não traz ganho de potência para o motor”.

*Gilberto Pose é especialista em combustíveis da Raízen, licenciada da marca Shell.

Crédito: Vivian Tiemi / Raízen



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