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MOTOVELOCIDADE – PRECISAMOS PENSAR MAIS PARA NÃO PRECISAR ACELERAR MENOS

Lidar com situações de segurança, de qualidade dos autódromos, de custos, de disponibilidade de datas dos autódromos que visivelmente demonstram…

“Precisa-se compreender de uma vez por todas que o esporte é um só, que passou da hora de parar com a “autosabotagem”, em outras palavras, parar de dar tiros nos próprios pés achando que estão atirando nos pés dos outros e trabalhar em prol de um bem maior e comum que é o MOTOVELOCIDADE BRASILEIRO. Ou mudamos nossas mentes ou permaneceremos no medíocre mundo das lamentações e apontamento de dedos.”

Salve, salve amigos da COLUNA GALERA SHOW!

Não podemos negar que temos atualmente no Brasil alguns dos principais campeonatos nacionais do Mundo. O Superbike Brasil, a mais de uma década de forma ininterrupta no cenário nacional e o Moto1000GP que se fez presente na primeira metade da última década e retornou recentemente são grandes campeonatos, entregam muito e ambos têm potencial para entregar muito mais.

Porém, as dificuldades são enormes, pontos frágeis que geram instabilidade têm sido escancarados e infelizmente prevalecido em detrimento dos grandes momentos que vemos dentro das pistas. Essas fragilidades dividem opiniões e fazem com que existam interrogações na cabeça daqueles que vivem ativamente esse universo.

Lidar com situações de segurança, de qualidade dos autódromos, de custos, de disponibilidade de datas dos autódromos que visivelmente demonstram outras prioridades para a ocupação de suas agendas é algo que muitas vezes passa desapercebido por aqueles que não acompanham as empresas organizadoras das competições.

Leigos, erradamente fazem comparações dos nossos campeonatos com os principais campeonatos do mundo como o MotoGP e o World SBK. Essa comparação é incrivelmente cruel e sabotador aos nossos campeonatos.

Seguindo nessa linha chegamos à conclusão de que falta muito de tudo. Falta força política da Confederação, das Federações e das Associações, que costumeiramente têm se caracterizado por marcarem presença nos bons momentos do esporte, mas, se escondem atrás de suas mesas e cargos nos momentos de dificuldade. Não fazem a “lição de casa” que é o trabalho de bastidores junto aos poderes Legislativos e executivos dos governos Federal, Estaduais e Municipais em prol de viabilizar mudanças para o esporte. De outra parte, falta o mínimo de diálogo entre os organizadores para que busquem pontos em comum e trabalhem juntos em prol de melhoria desses pontos. Já da terceira e maior parte interessada nisso tudo, os pilotos, falta união e representatividade para identificarem seus interesses em comum e cobrar dos organizadores e das Instituições as mudanças necessárias em prol da coletividade.

Atualmente os pilotos discutem muito em grupos de Whatsapp, nelas apontam dedos, buscam culpados, mas pouco fazem de efetivo junto àqueles que realmente podem realizar as mudanças. Os “sábios dos teclados” não se apresentam junto aos organizadores, não cobram quem deveriam, parecem sempre esperar que alguém faça aquilo que não têm coragem de fazer na prática.

Outro fator que na minha ótica é algo a se repensar. São poucas as grandes empresas que investem no esporte. Dessa forma, não existe da parte das empresas que investem no esporte (e não é pouco) a preocupação de perder o espaço que conquistam dentro dos campeonatos, não existe a concorrência e isso demonstra a fragilidade das empresas organizadoras. Atualmente as marcas são infinitamente maiores que os campeonatos e decisões importantes na elaboração de calendário, definição de praças ocorrem em muito para atender o interesse daqueles que realmente pagam a conta. Culpar as empresas? Jamais, elas estão fazendo a parte delas e defendem com toda a razão os seus interesses.

Bom, mas e daí?

Para mim, muitas preocupações e desejos de mudanças precisão acontecer com a máxima urgência. Esses últimos meses tenho repensado muito sobre as boas expectativas que tinha projetado para o esporte nos próximos anos. Os fatos negativos mais recentes dos últimos meses e essa ideia camuflada atrás dos teclados dos grupos de Whatsapp de “polarização” entre os campeonatos já se faz presente e sua toxicidade pode ser muito perigoso a curtíssimo prazo.

Precisa-se compreender de uma vez por todas que o esporte é um só, que passou da hora de parar com a “autosabotagem”, em outras palavras, parar de dar tiros nos próprios pés achando que estão atirando nos pés dos outros e passar a trabalhar em prol de um bem maior e comum que é o MOTOVELOCIDADE BRASILEIRO. Ou mudamos nossas mentes ou permaneceremos no medíocre mundo das lamentações e apontamento de dedos.

Por outro lado, temos situações a atuações lindas acontecendo dentro dos campeonatos. Sendo assim, por que não darmos luz e valorizarmos esses feitos? Precisamos de uma vez por todas mostrar aos leigos, aos veículos de massa da grande mídia nosso valor e não somente recebermos seus textos e manchetes nos momentos ruins. Fazê-los nos respeitar da mesma forma que olham e respeitam outros esportes.

Nós podemos e merecemos mais e para isso precisamos ser incialmente mais honestos conosco mesmos e pensarmos antes de teclar.

Vamos chegando ao fim de mais uma edição, caso queira sugerir algum tema ou queira conhecer um pouco mais sobre esse que vos escreve mensalmente, vai lá no Instagram @ale.eiras.narrador .

No mais, não esqueça de clicar na logo da 2MT Motorsport para conhecer os produtos e as novidades que por lá não param nunca.

E para terminar daquela forma que vocês já conhecem.

Forte abraço GALERA SHOWWWWW!!!

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