Nos artigos anteriores da nossa série especial sobre a compra da Servitec pela Vedamotors, contamos um pouco sobre o contexto comercial que viabilizou a aquisição — direto com quem participou da tomada de decisão — e compartilhamos alguns dos desafios que fizeram parte da assimilação da cultura de excelência da Veda no fluxo operacional da marca recém-adquirida. Agora, chegou a hora de entender melhor como essa sinergia impactou positivamente na qualidade dos componentes Servitec e quais os próximos passos para essa nova divisão!
Nossas equipes técnicas e de engenharia tiveram um papel decisivo para a evolução nos padrões de qualidade dos componentes e linhas eletrônicas da Servitec e da Vedamotors. Elas assumiram a missão de consolidar a nova Servitec como uma referência no mercado nacional. É por isso que, neste artigo, contamos com o suporte de duas peças-chave que participaram ativamente desse processo: os engenheiros Fabrício Boesing, da Engenharia de Produtos Eletrônicos da Servitec by Vedamotors, e Giulliano Quemelo Parolim, Gerente Técnico e de Expansão da Veda!
Trabalho em equipe na revisão e requalificação de processos
Giulliano, que acompanhou o desenrolar da aquisição desde as primeiras conversas entre as duas empresas, foi destacado na Vedamotors, juntamente com os setores de Produção e RH, como o responsável por viabilizar, em primeira instância, a assimilação da operação da Servitec, entendendo os processos, a situação da marca e o status técnico de engenharia e de produtos da linha de produção. A missão, em outras palavras, era identificar solo fértil para a inovação e definir o ponto de partida para colocar as boas práticas da Veda em cena.
“Não havia como chegar e simplesmente começar a mudar os fluxos: antes, era necessário compreendê-los para só então aprimorá-los. Sabíamos que, no passado, o nome da Servitec havia se consolidado no mercado nacional, mas enfrentava dificuldades para manter a sustentabilidade do negócio. Afinal, estamos falando de um setor que exige atualização constante de tecnologias, maquinário e investimento em pesquisa e desenvolvimento. Com a Veda assumindo a operação, contudo, tirar essas boas práticas do papel era só uma questão de tempo”, explica o Gerente Técnico.
Ele destaca que, uma vez que essa fase de compreensão da complexidade do negócio foi concluída, as primeiras ações da Vedamotors foram concentradas em criar e estabelecer um time local para entender, mapear e registrar todos os elementos envolvidos na operação. Foi aí que Fabrício Boesing entrou para o time, marcando a primeira contratação oficial da Servitec sob o guarda-chuva da Vedamotors.
“Daí em diante, teve início um processo de assimilação que levou quase seis meses, em que equipes híbridas (Processos, Qualidade, TI) visitavam constantemente a fábrica da Servitec, no Rio Grande do Sul, e estudavam tudo sobre os produtos e processos. Nesse contexto, até para descomplicar o fluxo operacional, decidiu-se que seria mais produtivo colocar as duas empresas sob o mesmo teto aqui em Santa Catarina, na Veda”, lembra Fabrício.
Com essa aproximação, que eliminou as viagens das equipes de um lado para o outro, teve início um cuidadoso trabalho de revisão de projetos com o objetivo de melhorar a qualidade dos produtos e dos processos da Servitec. Um fluxo que deu tão certo que a marca Servitec rapidamente conseguiu se posicionar no mercado de exportação europeu, além de emplacar clientes significativos no aftermarket.
Hoje, avalia Fabrício, essa expertise “chegou em tal ponto que a Servitec tem capacidade de desenvolvimento para soluções em sistemas eletrônicos embarcados e módulos de potência e performance para qualquer tipo de aplicação. Isso tudo sem contar, claro, a expansão qualitativa e quantitativa do portfólio de produtos, que saltou de 250 para mais de 800 peças e componentes produzidos.”
Boas práticas para qualidade dos produtos Servitec
De acordo com Giulliano, essa mudança está relacionada com o fato de que a própria abordagem de projeto começou a funcionar de forma diferente quando a Vedamotors entrou em cena. A velocidade de desenvolvimento aumentou a partir da implementação de uma estratégia baseada em três pilares principais: escopo, tempo e custo.
“Aproveitamos conceitos básicos de gerenciamento de projeto já utilizados na Vedamotors que fez um bem enorme para a operação e para a qualidade dos produtos Servitec. Isso quer dizer que, em cada novo projeto ou desafio que nos era imposto, definíamos esses três indicadores antes de qualquer coisa, deixando claro quem iria fazer, quanto tempo levaria para a ideia se consolidar e quanto esse projeto iria custar. Isso ajudou as equipes a conduzir melhor a curva de desenvolvimento, que passou a evoluir mais rapidamente e de forma progressiva”, explica.
Um destaque importante, por exemplo, está no fato de que todos os projetos que já existiam foram redesenhados para que pudessem receber novas tecnologias de processamento, como solda, matéria-prima e testes para identificação de variações. Também houve uma significativa melhoria das técnicas de encapsulamento, que passaram a utilizar insumos de maior qualidade para elevar os índices de resistência dos componentes.
E para além de uma boa gestão, a Servitec by Vedamotors também entendeu que era necessário um planejamento sólido para que a marca atendesse aos mais rigorosos requisitos de clientes técnicos e montadoras ao redor do mundo. É por isso que, ao colocar a casa em ordem, outra ação prioritária foi implementar sistemas avançados nos ferramentais e na linha de produção, dando precisão para a rastreabilidade dos insumos utilizados.
“É importante destacar que tudo isso viabilizou uma série de melhorias nos testes de campo dos produtos, dando ainda mais qualidade para a coleta de resultados e contribuindo para esse reposicionamento da Servitec no mercado”, comenta Fabrício, que ainda reforça que toda essa atenção extra na execução de testes e manutenção dos altos padrões de qualidade está 100% alinhada com o planejamento estratégico para os próximos ciclos.
Afinal, a Servitec já enxerga os resultados de toda essa integração na prática, tanto na crescente aceitação dos clientes quanto nas grandes possibilidades que se abrem para a Veda no segmento de eletrônicos — tema, inclusive, que vai pautar o próximo artigo desta série, focado nas novidades de portfólio e nas significativas melhorias operacionais de projeto e produto que já fazem toda a diferença para nossos clientes e parceiros! Por isso, acompanhe nossos posts aqui no blog e até a próxima publicação!