Possui embreagem DDS (Diafragma Amortecido de Aço ou Damped Diaphragm System), com mola diafragmática (ou Belleville) e amortecedores de borracha para maior tração, sem comprometer a durabilidade. A hidráulica é da Brembo. O motor apresenta eixo lateral balanceador minimizando a vibração e alternador de 196 W, para atender a potência do sistema de gerenciamento do motor. O sistema de escapamento apresenta tubos fabricados num processo inovador de estampagem 3D que oferece superfície nervurada, aumentando a resistência e diminuindo os níveis de ruído. A ponteira apresenta formato compacto.
A partida elétrica é alimentada por bateria de 6 Ah. Para a refrigeração do motor, este modelo apresenta radiadores posicionados próximo ao centro de gravidade e permitiu melhorar a ergonomia. Utilizando a tecnologia CFD (dinâmica de fluidos computacional), foi possível garantir a temperatura ideal do motor para melhor desempenho, independente das condições. Eles possuem também protetores especiais contra pedras e detritos e que dispersam o impacto em caso de queda.
Tampas e carcaças são fabricadas, segundo a KTM, num processo de fundição de alta pressão que reduz o peso das peças e oferece mais resistência e durabilidade. As tampas também apresentam uma superfície que reduz o desgaste causado pelas botas.
Como toda a linha da marca austríaca, a 300 apresenta quadro de aço cromo-molibdênio, leve e com alta tecnologia, com elementos hidroformados e utilização de soldagem robótica, que oferece rigidez ideal, grande manuseio e estabilidade. O chassi recebe protetores laterais que também geram aderência ao piloto e protegem do calor do silenciador. Já o subquadro é em alumínio, assim como o braço oscilante, fabricado com processo de fundição de gravidade, oferecendo resistência excepcional com menor peso.
O guidão é de alumínio, em formato cônico, fabricado pela marca Neken, que pode ser fixado em quatro posições. As manoplas são da ODI, e não necessitam de cola ou arame para serem fixadas.
A suspensão é composta por garfo WP, de 48 mm de diâmetro e 300 mm de curso e funcionamento a ar, e amortecedor traseiro WP XPLOR, que gera 310 mm curso e apresenta sistema sem link. Para parar essa motocicleta há pinças Brembo e discos “wave”, com 260 mm de diâmetro na frente e 220 mm atrás.
O filtro de ar é da marca Twin Air, com acesso rápido e fácil, não requerendo ferramentas, recurso padrão da KTM. O tanque de combustível de polietileno apresenta capacidade de 9,5 litros e recebe gráficos ‘in mold’, mais resistentes. A tampa apresenta mecanismo de encaixe do tipo baioneta, com fechamento rápido e fácil.
Pedaleiras No-Dirt minimizam o acúmulo de barro e seu posicionamento é 6 mm mais alto do que no modelo de motocross, para maior distância em relação ao solo. Outro destaque são as rodas, que utilizam cubos usinados (CNC) mais leves e resistentes e aros Giant oferecendo mais estabilidade e menor peso. Os raios são de alumínio, com design inovador para minimizar os apertos.
Quanto ao modelo 350, encontramos praticamente as mesmas especificações da 300, com o diferencial do motor 4T, DOHC, compacto e mais leve, com injeção de combustível, cabeçote compacto (para uma ideal centralização de massa) e balancins flutuantes com revestimento DLC, virabrequim com biela curta. Além de carcaça com superfície que reduz o desgaste, tampa de embreagem reforçada, transmissão de 6 velocidades fabricada com matéria-prima forjada, pistão forjado (com estrutura extrarrígida), eixo de equilíbrio para o mínimo de vibração, embreagem DDS e tubo de escapamento duplo (de fácil desmontagem, para permitir fácil acesso ao amortecedor traseiro) e silencioso de alumínio. Segundo a fábrica, o modelo foi concebido para o equilíbrio perfeito entre agilidade, peso e potência.
Mas chega de dados técnicos e vamos ao que interessa, colocar essas duas maravilhas da alta tecnologia da indústria sobre duas rodas na mesma trilha e saber como elas se comportam. Acompanhem a seguir o depoimento do Cristian e descubra o que cada modelo pode oferecer, tanto aos amantes de motocicletas 2T e como das 4T.
“A 300 é a motocicleta com a qual participo no Brasileiro de Enduro e fui campeão da categoria E3 no ano passado, com a mesma moto. Este ano estou na mesma categoria e a verdade é que me sinto bem confortável na moto. Muito ágil e com muito torque, muita força em baixa, você consegue se divertir nas trilhas, sair rápido das curvas e andar com a marcha ‘solta’ – o motor não apaga.
Quanto à ciclística, ela é muito leve e muito fácil de pilotar. Ela é sensacional e posso afirmar que é perfeita para quem quer apenas fazer trilhas ou àqueles que pretendem competir. O sistema de suspensão apresenta funcionabilidade ideal para o enduro: suave, confortável e bem progressiva. Não é um sistema que vai te cansar, indo bem de trilha e atendendo tanto os pilotos intermediários como os profissionais. Tanto que, no ano passado, eu competi com o sistema original, que tem grande performance. Gosto também do comportamento dos freios. Precisos e funcionais, eles realmente impressionam.
Já a 350 é uma cilindrada perfeita para os motores 4 tempos, com grande resultado de peso e potência. Tem muita potência e traciona bem. Ela tem itens similares aos da 300, como o chassi e a suspensão. Então, você sente diferença no comportamento do motor. Não falta potência, e posso dizer que sobra força. Realmente é uma cilindrada perfeita. Caso eu utilizasse uma moto 4T, seria uma 350.
Ela tem praticamente a mesma ciclística da 300, sendo bem ágil e fácil de conduzir. A suspensão apresenta um excelente funcionamento, mesmo original, com muita performance e atendendo qualquer nível de piloto, sendo ideal para enfrentar terrenos difíceis”, finaliza Cristian.
Resumindo, são dois modelos de fácil pilotagem, ágeis, com motores superiores de grande potência, suspensão ideal para a modalidade e freios eficientes. Então, como disse no início dessa matéria, a escolha entre a 2T e a 4T vai depender do gosto pessoal, pendendo para aquela que você mais se identifica. Lembrando que o custo na manutenção é maior no modelo 4T.
ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
300 EXC
Motor: monocilíndrico, 2T, arrefecimento líquido
Cilindrada: 293,2 cm3
Alimentação: injeção eletrônica, corpo de 38 mm
Transmissão: 6 velocidades
Quadro: central com berço duplo, aço cromo-molibdênio
Suspensão dianteira: WP XPlor, invertida, 48 mm de diâmetro, 300 mm de curso
Suspensão traseira: WP XPlor PDS, 310 mm de curso
Freio dianteiro: Brembo, disco de 260 mm de diâmetro
Freio traseiro: Brembo, disco de 260 mm de diâmetro
Tanque: 9,5 L
Peso: 100,4 kg (sem combustível)
350 EXC-F
Motor: monocilíndrico, 4T, DOHC, 4V, arrefecimento líquido
Cilindrada: 293,2 cm3
Alimentação: injeção eletrônica, corpo de 42 mm
Transmissão: 6 velocidades
Quadro: central com berço duplo, aço cromo-molibdênio
Suspensão dianteira: WP XPlor, invertida, 48 mm de diâmetro, 300 mm de curso
Suspensão traseira: WP -Plor PDS, 310 mm de curso
Freio dianteiro: Brembo, disco de 260 mm de diâmetro
Freio traseiro: Brembo, disco de 260 mm de diâmetro
Tanque: 9 L
Peso: 103,8 kg (sem combustível)