Pilotos enfrentaram experiências diferentes ao longo do dia que marcou a abertura das competições na Itália.
O primeiro dia de testes especiais para o International Six Days Enduro (ISDE) 2021 aconteceu ontem, segunda-feira, 30 de agosto.
E diversos brasileiros estão na disputa este ano, neste evento que estava programado para 2020 mas não foi realizado, por conta do Covi-19. Até mesmo a logomarca do evento foi brilhantemente adaptada para expressar os dois anos para os quais a maior competição de Enduro do mundo está relacionada.
BRUNO CRIVILIN
Principal astro do time brasileiro, Bruno está competindo na Europa há alguns anos e tem grande experiência na modalidade. Ele foi muito bem ao longo de todo o dia, sendo prejudicado no início por ter largado na poeira de muitos pilotos. Isso acontece porque o ISDE é uma competição por países e por ter ficado com a oitava colocação na Edição anterior da prova, os pilotos brasileiros largaram atrás de diversos outros times. Bruno terminou o dia com a 24ª colocação, mas chegou a fazer o 10º melhor tempo na especial de número 4, além do 11º melhor tempo na especial 3. Na última especial ele não deu sorte e pegou um trecho molhado por uma chuva passageira, que prejudicou seu tempo, bem como de outros pilotos do pelotão da frente. Bruno está na oitava colocação da categoria E1.
PATRIK E CALAFATI
Numa espécie de “Joint Venture Racing”, o jovem Patrik Capila foi o segundo melhor brasileiro no dia. Ele, que corre de MXF no Brasil e é o destaque do Campeonato Nacional este ano, está correndo o Six Days com uma Beta, num acordo brilhentemente costurado pelo seu chefe de equipe, Luiz Henrique. Capila terminou o dia com a 52º posição geral e P22 na categoria E2. O terceiro integrante do time brasileiro que defende o nosso país na compatição por equipes oficiais é Vinícius Calafati. Tal como Bruno, ele disputa a prova com uma Honda. Calafati terminou seu primeiro dia de Six Days na posição 71 da geral e P29 na E2.
CATEGORIA WORLD TROPHY
Somados os desempenhos, o time brasileiro ficou com a oitava colocação ao final do primeiro dia. Já está próximo da sétima posição, que é o melhor resultado de todos os tempos para o Brasil na disputa.
CLUBES
O ISDE também permite a participação avulsa dos pilotos, ou formando clubes de 3 pilotos. É o caso do Brasil também, que conta com um Club formado por Fernando Juruna, Carlos Augusto Constantino e Maurício Brandão. Sem dúvida é um time bastante eclético, já que Juruna é um dos principais pilotos do Campeonato Brasileiro 2021, Carlos Augusto é u m dos principais empresários do setor e Maurício Brandão é Diretor de Enduro FIM da Confederação Brasileira de Motociclismo, sendo o responsável pela organização do Campeonato Brasileiro de Enduro há vários anos.
Fernando Juruna, tal como Patrick, optou por correr com uma moto diferente da que está habituado. No Brasil ele é patrocinado pela TM Racing, porém sua equipe não tinha condições de alugar uma estrutura com moto TM para o ISDE e o piloto acabou conseguindo uma KTM emprestada por um amigo do seu principal patrocinador, a DYVA suspensions. Ele foi o mlehor piloto brasileiro na Club, com a 63ª colocação. Na Categoria C3, está com a 9ª posição.
Carlos Augusto Constantino se perdeu logo no começo do dia e acabou por cortar uma parte do percurso, sendo desclassificado dos resultados. Maurício Brandão percorreu bem as especiais, mas sofreu um grande atraso num dos deslocamentos. Ambos sofreram a penalização máxima do dia. Desta forma, o Club representante do Brasil ficou com a posição 160, dentre os 163 times inscritos, no primeiro dia.
TEM MUITO MAIS…
A prova está só começando e os desafios de pilotar em alto nível ao longo de 6 dias são enormes. Vamos acompanhar a evolução dos pilotos brasileiros e você estará sempre bem informado no Instagram do Jeca Joia @jecajoia e no Facebook da Revista Pró Moto.
Texto: Jeca Joia
Fotos: Dines Zamai