Segundos separaram os pilotos das motos, que teve vitória de Tunico Maciel. Dupla Denísio Casarini/Luís Felipe Eckel venceu nos Carros e Gabriel Varela/ Eduardo Shiga nos UTVs, na primeira etapa do Rally Rota Sul Sertões Series, com largada e chegada em Pelotas e um percurso de 576 km.
O bicampeão do Sertões, piloto da equipe Honda, passou a maior parte da prova, 157 km de reta na praia do Cassino, perseguindo Ricardo Martins da Yamaha e só conseguiu se impor nos quilômetros finais quando os pilotos enfrentaram um trecho travado, cheio de curvas. Maciel completou a especial com o tempo de 5h46min10s. Enquanto Martins fechou o dia com 5h46min24s. Os dois passaram 5 horas e mais de 500km disputado uma diferença que ao final foi de 14s. Em terceiro ficou Jean Azevedo, o maior campeão da história do Sertões, que cravou 5h46min29s. Os três primeiros ficaram a uma diferença de 19s. Há 15 anos não acontecia o Rota Sul e certamente há mais tempo não se via uma prova tão disputada.
Nos UTVs, a categoria mais equilibrada dos ralis Cross-Country, a diferença que separou o primeiro do segundo colocado foi pouco mais de 3 minutos, mas a disputa aconteceu na mesma família. Gabriel Varela e Eduardo Shiga foram os primeiros, com o tempo de 5h54min59s. Reinaldo Varela e Gustavo Bortolanza terminaram em 5h58min27s. Reinaldo é pai de Gabriel e nem por isso alivia nas corridas contra os filhos. Em terceiro lugar chegaram Cristian Domecg e João Luís Stal com a marca de 5h59min37s. Vale lembrar aqui que os UTVs correm com um limitador de velocidade. Não ultrapassam 140 km/h o que é fatal numa prova de alta velocidade como o Rota Sul. Basta ver como os UTVs foram mais lentos do que as motos no primeiro dia.
O duelo entre os “Buggões” 4×2 contra os protótipos 4X4 na categoria Carros foi mais acirrado do que se esperava. Um protótipo ganhou nas trilhas. Os buggões ganharam no resultado final. A última etapa promete. Denísio Casarini e Luís Felipe Eckel foram os vencedores do dia, após completar os 576 km em 5h20min08. Júlio Cápua e Emerson Cavassini chegaram em segundo 5h23min10s. Marcos Moraes e Fábio Pedroso foram os melhores nos protótipos, terceiro lugar na classificação geral, com o tempo de 5h26min43s.
A dupla mais rápida do dia, Marcos Baumgart/Kleber Cincea completou a prova em 5h19min45s, mas foi penalizado em 10 minutos por não ter passado em dois pontos, way points, marcados como obrigatórios no roteiro da prova. Com isso ficou em oitavo lugar.
Penalizações de tempo que alteram o resultado são muito comuns nas provas de rali e mais comuns ainda nas competições de distâncias longas. Elas acontecem com maior frequência por problemas de navegação, detalhes do carro fora do regulamento e obstrução de ultrapassagem. No caso de Marcos e Kleber o problema foi de navegação.
Útimo dia: Os pilotos e navegadores vão acordar cedo no último dia do Rota Sul. A saída da Vila Sertões está marcada para as 4h30 deste sábado. A prova larga de Pelotas, segue para Rio Grande – atravessa de balsa para São José do Norte (ligação do mar com a Lagoa dos Patos), onde tem início a especial, que será mais curta, de 297 km. Passa por Tavares, Mostardas, Capivari do Sul, termina perto de Palmares do Sul e desloca até Porto Alegre, onde haverá uma grande festa de encerramento.
Contexto: O Rota Sul honrou as melhores expectativas. A primeira especial passou por lugares lindos. A largada com os concorrentes alinhados, lado a lado, em grupo, 5 motos e 4 carros, na praia do Cassino, uma novidade que os pilotos adoraram, produziu uma disputa inédita. “Andei 157 km antes de fazer a primeira curva”, disse o vencedor dos UTVs Gabriel Varela. E a proximidade dos líderes ao final do dia mostrou um equilíbrio surpreendente para provas de longa duração. No retão da praia do Cassino, a maior do mundo em extensão, os pilotos tiveram o prazer de aproveitar a velocidade máxima dos carros disputando lado a lado uma melhor posição. Na maioria das provas de cross-country como o Rota Sul, os pilotos costumam largar “em linha”, um após o outro em geral com intervalos de um minuto. Correm sozinhos na maior parte do tempo.
Aspas: “O equilíbrio entre os ponteiros e a diferença de segundos que os separou no final de 500 km de prova foi impressionante e mostra como o Rota Sul é uma prova importantíssima no calendário nacional” diz Joaquim Monteiro, CEO da Dunas, a empresa que organiza o Sertões.
Tunico Maciel: “Prova muito legal. O retão da praia mostrou o equilíbrio entre as motos mesmo com marcas diferentes disputando a ponta. No final tivemos um trecho mais travado, que eu adoro, guiei no capricho até o finalzinho e conseguimos vencer. Foi ótimo. Amanhã tem mais.”.
Denisio Casarino Filho “Nunca me senti tão confortável num carro. O Buggão andou muito na especial. Larguei da 11ª. Posição, na terceira linha, tive que passar um montão de gente e por isso perdi alguns minutos. Largando mais da frente no último dia podemos fazer uma ótima prova”.
Reinaldo Varela: “Foi uma prova muito especial. Como todos esperávamos passamos por lugares lindos. Amanhã tem mais. Mesmo disputando a ponta com o Gabriel todo mundo já sabe que depois da largada não tem essa de Pai ou Filho, vamos acelerar o máximo para chegar na frente. Rally é isso”.
Pautas:
A última etapa do Rota Sul define o campeonato Brasileiro de Rally Cross-Country e o Sertões Series. Quem serão os campeões?
Qual o calendário do Sertões para 2020?
Como foi a evolução do Sertões no primeiro ano do projeto de transformar o maior rally das américas no maior rally do mundo?
O Sertões: No ano da sua 27ª Edição, o Sertões trouxe muitas novidades. O maior rally das Américas projeta o futuro em três dimensões: Esporte, Social e Turismo. O lado competitivo da prova evolui com novos desafios de navegação, velocidade e tecnologia. O lado social, também conhecido pelo trabalho do S.A.S. (Saúde e Alegria nos Sertões), praticamente dobra a sua capacidade de atendimento das populações sertanejas por onde o Sertões passa. Cidades remotas com população carente. Finalmente: a dimensão, turística. O Sertões mostra lugares que pouca gente conhece e, agora, tem uma estrutura capaz de levar turistas para acompanhar a prova e todas as atrações do entorno. Mais ainda, as “expedições Sertões” são agora uma opção de viagens aberta o ano inteiro.
Resultados – Extra Oficial
Motos
1.Tunico Maciel, Honda CRF 450RX Production Aberta, (Honda Racing Team ), 5h46m10
2.Ricardo Martins, Yamaha WR 450F SPD (Yamaha Rally Team) a 14s
3.Jean Azevedo, Honda CRF 450RX SPD (Honda Racing Team) a 19s
4.Gregório Caselani, Honda CRF 450 RX SPD (Honda Racing Team) a 1m30
5.Rami Sfredo, KTM 450EXC Marathon (Mult Racing), a 8m19
UTVs
1.Gabriel Varela/Eduardo Shiga, Can Am Maverick X3 PRO Elite, (Varela Rally Team), 5h54m59
2.Reinaldo Varela/Gustavo Bortolanza, Can Am Maverick X3 Over PRO (Varela Rally Team), a 3m28
3.Cristian Domecg/João Stal, Can Am Maverick X3 PRO (Casarini Racing), a 4m38
4.Denisio Nascimento/Idali Bosse, CAn Am Maverick X3 PRO Elite (Bompack Racing), a 6m24
5.Leandro Torres/João Arena, Polaris Turbo S Over PRO (HPS), a 6m42
Carros
1.Denisio Casarini Fo/Luis Eckel, Buggy Giaffone Open, (Casarini Racing), 5h20m08
2.Julio Capua/Emerson Cavassin, Buggy V8 Open, (Papa Léguas), a 3m02
3.Marcos Moraes/Fabio Pedroso, T-Rex Protótipo (MEM Motorsort), a 6m35
4.Fabricio Bianchini/Marcos Finato, Buggão Caveira Open, (XRally Team), a 8m27
5.Luis Nacif/Neurivan Barbosa, T-Rex T1, (Microcity Rally), a 9m07
Dados do roteiro:
1º dia: DI 90km TE 428 DF 57km = total 576 km
2º. dia: DI 97km TE 297 DF 130 = total 524 km
Total geral: 1.100km
Programação
7/12 – Sábado – Pelotas
07h00 – Largada primeira moto – especial
13h00 – Chegada – Rampa em Porto Alegre
Anfiteatro Por do Sol – Av. Edvaldo Pereira Paiva S/N – Praia de Belas
20h00 – Festa de Premiação e divulgação do calendário 2020 – Batik Stories Bar – Rua Padre Chagas, 342 – Porto Alegre – RS
Contatos:
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