Eles foram criados para contornar a legislação do Reino Unido, a então “Leis dos Dezesseis”.
Estas pequenas motocicletas foram criadas para contornar a legislação do Reino Unido, que na época era chamada de “Leis dos Dezesseis”, que visava retirar jovens motociclistas das ruas. As novas leis, introduzidas em 1971 pelo então ministro dos Transportes do Partido Conservador John Peyton, proibiram os jovens de 16 anos de pilotarem motos com capacidade a partir de 100cc, limitando-os a motocicletas somente de 50cc até os 17 anos.
A lei resultou em fabricantes de motocicletas que desenvolveram uma nova classe de ciclomotores de alto desempenho na década de 1970, denominados “ciclomotores esportivos” ou, coloquialmente, “promoções de dezesseis anos”, devido a seu marketing ser direcionado a jovens de 16 anos, uma ação que foi amplamente criticado na época.
Se o limitador de velocidade for removido, um ciclomotor esportivo com motor a quatro tempos pode exceder 60 km / h (37 mph), enquanto aqueles com motores a dois tempos podem atingir velocidades superiores a 100 km / h (62 mph). Para obter um desempenho superior, os motociclistas freqüentemente trocam os componentes do motor, como a troca de anéis de pistão-cilindro (às vezes também árvores de cames) por 70/72 / 80cc (em motores 2T) ou 70/72/80/115 cc (em motores 4T) [esclarecimentos necessários] Essas modificações do motor podem aumentar as velocidades máximas para entre 100 e 120 km / h (62 e 75 mph). As bicicletas esportivas com deslocamentos de 125 cc às vezes são registradas como ciclomotores de 50 cc para evitar certos regulamentos estaduais ou federais. Por esse motivo, muitos fabricantes usam quadros e componentes idênticos nas bicicletas esportivas de 125 cc e nos ciclomotores de 50 cc, permitindo que um motor de 125 cc seja trocado por um quadro de ciclomotor de 50 cc. Exemplos disso são o Aprilia RS50 e RS125, o Derbi GPR50 e GPR125, o Yamaha TZR50 e TZR125 e o Gilera DNA 50 e 125.
Alguns ciclomotores esportivos utilizam o motor Minarelli AM6 (2T), Aprilia RS 50 (1999-2005), Rieju RS2 Matrix 50, Peugeot XR6, Yamaha TZR 50, Malaguti Drakon 50), enquanto outras usam motores Piaggio (Derbi GPR 50 e Gilera DNA).
– Rieju RS3 50 cc
Poucas motos esportivas, por exemplo: Gilera DNA e Kingway Fennari foram produzidas com uma caixa de câmbio automática.
– Gilera DNA 50 cc
Os pedais do tipo bicicleta foram instalados quando foi aprovada uma nova legislação exigida por vários países para que os ciclomotores fossem liberados a produção.Esses modelos então foram produzidos a partir de 1972 pelos fabricantes japoneses Honda, Yamaha e Suzuki, além de empresas européias como Puch, Fantic, Gilera, Gitane, e Garelli. A mais famosa dessas versões foi a Yamaha FS1-E. Esses modelos tiveram um boom no motociclismo semelhante a era de ouro do rock’n’roll durante os anos 1960. O governo Inglês aprovou outra legislação em 1977, que era mais restritiva, limitando os ciclomotores a um peso limite de 250 kg e a uma velocidade máxima de 50 km / h. Essa legislação posterior contribuiu para o fim do mercado de motocicletas do Reino Unido.
No Brasil, a história dos ciclomotores foi marcada pelo desenvolvimento do modelo Leonette 50 cc fabricada no Rio de Janeiro em Bonsucesso na década de 1960 sendo uma grande febre entre os jovens. A marca nacional fundada pelo seu fundador, Leon Herzog e seu filho Alex Herzog que eram judeus provindos da Polônia para fugirem do Nazismo e se refugiarem no Brasil para início da produção deste novo tipo de motocicleta que já era bastante conhecida na Europa.
– Leonette 50 cc
Após o sucesso dos ciclomotores a partir dos anos 80 vieram as famosas Mobyletes produzidas principamente pelas marcas Caloi & Monark com motor a dois tempos, sistema centrífugo automático de embreagem, sistema de partida no pedal, movido a gasolina, à qual era misturado 3% de óleo para 2 tempos para lubrificação e num tanque de três litros.
– Mobilete XR 50 cc Caloi
E por fim vieram as “cinquentinhas” da Chinesa Shineray que instalou uma fábrica no Nordeste que teve capacidade de produzir até 250 mil ciclomotores até o governo definitivamente proibir o uso deste modelo sem carteira de motorista.
– Phoenix 50 cc Shineray
Definitivamente muitos motociclistas de hoje se indetificam com os modelos de ciclomotores que já exixtiram no mercado, as histórias são sempre todas engraçadas até mesmo pela dificuldade da época em comprar um modelo ou até mesmo fazer a manuntenção correta devido aos problemas ocasionados na época por todos.
Recordar é viver, boa época aquelas…