O time Brasil está de volta depois de dois anos consecutivos sem participar do Motocross das Nações. O MXoN 2022 acontecerá em Michigan, nos Estados Unidos, na pista da RedBud MX nos dias 24 e 25 de setembro.
A competição considerada a “Copa do Mundo” da modalidade teve a edição cancelada em 2020, por conta da pandemia e em 2021 o time brasileiro e outras nações, como os EUA, tiveram dificuldades de logísticas para embarcar suas equipes e acabaram ficando de fora da edição do ano passado. A Confederação Brasileira de Motociclismo anunciou hoje (02/08) o nome dos pilotos que irão formar o team Brazil: Enzo Lopes, que participa pela segunda vez da competição e irá competir pela MX2, Ramyller Alves, pela MX1 e participando pela terceira vez no campeonato e Fábio Santos, atual campeão brasileiro pela MX1 e com vasta experiência no Motocross das Nações, irá pela sua sexta vez para defender o Brasil na MX Open.
Para o diretor de motocross da CBM, Wesley Rodrigues Magalhães, mais conhecido como Pakito, a vasta experiência dos pilotos na competição e com provas no exterior foi decisivo para a convocação. “Temos muitos outros pilotos com excelentes atributos que também poderiam representar muito bem o time Brasil nesta competição considerada a Copa do Mundo do Motocross. O nome do piloto Hector Assunção foi cogitado, mas devido a lesão sofrida no Campeonato Brasileiro ficaria muito em cima para sua recuperação e acabar comprometendo a formação da equipe. Estamos muito otimistas com o time convocado e acreditamos na briga por bons resultados” – comentou Pakito.
Dos aproximadamente 40 países que participam no MXoN apenas 20 se classificam para as provas finais. A participação do Brasil na Copa do Mundo do Motocross se iniciou de 1997. Segundo o chefe de equipe da delegação brasileira, Manuel Carlos Hermano (Cacau), que esteve à frente do team Brasil em 2001 e de 2012 até o momento, a formação do time desta edição se assemelha com a mesma equipe de 2018, com a substituição de Gustavo Pessoa por Ramyller. “Em 2018 tivemos Enzo Lopes e Fábio Santos correndo na mesma pista onde acontecerá a edição do Nações deste ano. Naquele ano esses pilotos conseguiram classificar o Brasil para as finais depois de 10 anos, e estamos otimistas pela briga de bons resultados. O Ramyller que mora nos Estados Unidos, e participa de provas internacionais, vai somar ao time com sua ampla experiência e vem se preparando muito bem para o campeonato. Sabemos que não será fácil, uma vez que temos dois pilotos ainda em fase de recuperação, mas nosso objetivo é colocar o Brasil entre os 20 melhores do mundo.” – comentou Cacau.
Esta será a 19ª vez que o time Brasil participa da competição. Embora não tenha ainda títulos pelo MXoN, a equipe verde e amarela já foi classificada cinco vezes para as provas finais e chegou a estar entre as 15 melhores equipes do mundo, tendo com melhor resultado em sua história a 14ª posição em 2008 (Balbi, Welington Garcia e Leandro Silva) e 2009 (Balbi, Welington Garcia e Swian Zanoni).
Confira quem são e o que dizem os pilotos sobre a participação na edição de 2022 do Motocross das Nações:
Ramyller Alves – Eu comecei a competir desde meus cinco anos de idade, competindo todos os campeonatos estaduais e nacionais aqui nos Estados Unidos. Com 19 anos eu virei profissional competindo no AMA Supercross e no AMA Motocross onde tive bons resultados. Já representei o Brasil no campeonato mundial Júnior na Bélgica e duas vezes nos Nações na Itália em 2016 e na Holanda em 2019. E sempre uma honra ser um dos pilotos a ser escolhido para representar o Brasil no maior evento que temos no nosso esporte. Sou muito grato por ter essa oportunidade mais uma vez este ano. Acho que temos o time com potencial de conseguir um bom resultado na defesa do Brasil, ainda mais que RedBud é uma pista que amo e já compete várias vezes no AMA Motocross.
Ramyller Alves defenderá o Brasil no MXoN pela MX1 – foto arquivo pessoal
Enzo Lopes – “Eu fui doze vez campeão brasileiro, entre Brasileiro e Arenacross, e já fiquei duas vezes na quinta posição pelo AMA Supercross, sendo considerado até hoje o melhor resultado de um brasileiro na competição. Em 2018 estive no Nações juntamente com o Fabinho e o Gustavo na mesma pista onde será realizado os Nações deste ano, e juntos conseguimos classificar o Brasil para as finais depois de 10 anos. Cheguei a ficar na sexta posição na minha bateria, o que foi muito bom pra mim. E desde 2018 venho sendo nomeado para defender o Brasil na competição, porém devido a questões de lesões não puder assumir o compromisso. Mas agora me sinto preparado e estou muito feliz e grato em poder participar novamente dos Nações. Estou fazendo uma preparação forte e me sinto muito confiante. Não vejo a hora de poder alinhar e representar mais uma vez essa nação que amo”.
Enzo Lopes volta a pista da RedBud no para representar o Brasil na MX2 no MxoN – fot arquivo pessoal
Fábio Santos – “Estou muito feliz com a convocação para o motocross das Nações, era um objetivo meu desde o início do ano! E por ser o primeiro piloto que está indo pela sexta vez consecutiva representar o Brasil no Motocross da Nações me dá uma motivação a mais. Já conheço Redbud do MXoN de 2018, mesmo com bastante barro naquele ano foi uma das pistas que eu mais gostei de andar em toda minha carreira. Acredito que tenho tudo pra ter um resultado melhor do que 2018, pois já conheço a pista, sei dos ajustes que vou precisar fazer na moto e no momento me sinto mais confiante e mais bem adaptado na yz450f. Até lá já vou estar 100% recuperado da minha lesão e bem preparado fisicamente! Temos um bom time para conseguir repetir a classificação do Brasil no MXoN e contamos com a torcida de todos”.
Em sua sexta participação no Motocross da Nações, Fábio Santos denfederá o Brasil na MX Open (foto arquivo pessoal)
CONFIRA AQUI A PROGRAMAÇÃO DO MOTOCROSS DAS NAÇÕES 2022
QUINTA-FEIRA
Portões abertos para campistas das 10:00 AM às 12:00 AM EST.
SEXTA-FEIRA
Portões abertos das 8h00 às 12h00
Apresentações da equipe 17:00
SÁBADO
Portões abertos das 7h00 às 12h00
Cada país tem uma equipe de 3 pilotos: MXGP (450cc), MX2 (250cc), OPEN (Escolha de 250 ou 450).
O treino de sábado e a classificação são por classe, então há um piloto de cada país em cada classe.
Quando os 3 resultados de cada equipe são combinados, as 19 melhores equipes avançam para o evento final no domingo.
As escolhas de portão de cada equipe para todas as motos de domingo são baseadas na posição de qualificação. A equipe que se qualificar primeiro terá os gate picks 1 e 20; o segundo lugar terá os gate picks 2 e 21, e assim por diante.
Prática MXGP 10:00 AM (450s)
MX2 Practice 11:00 AM (250s)
Prática ABERTA 12:00 PM (Escolha de 25o ou 450)
Qualificação MXGP 14h20
Qualificação MX2 15h20
Qualificação ABERTA 16h20
DOMINGO
Os portões abrem às 7h.
B Final (última chance DE classificação) 11:00 AM
Máximo 13 equipes; todos os 3 pilotos de cada equipe estão na moto
A equipe vencedora ganha o último (20º) lugar nas motos finais.
Cerimônia de Abertura 12h
Corrida 1: MXGP e MX2 13:00
Corrida 2: MX2 e OPEN 14h30
Corrida 3: MXGP e OPEN 16:00
Apresentações do PODIUM após a moto final
Os melhores 5 de 6 finais de moto possíveis são contabilizados para os resultados finais da equipe.