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DUCATI pretende vender 27% mais motos no Brasil em 2023

A marca italiana que pertence ao grupo Volkswagen, pretende chegar a 1.400 unidades vendidas no Brasil até o final do ano.

A Ducati tem planos ambiciosos para este ano; tanto para o nosso mercado, quanto em âmbito global. A marca de origem italiana, que pertence ao grupo Volkswagen, quer vender 27,5% mais motos no Brasil em 2023 – isso além de obter crescimento acima dos 3,6% registrados em 2022 no mundo todo. Tais projeções foram apontadas por Daniel Paixão, CEO da empresa no país.

“No primeiro trimestre deste ano já crescemos 17% com relação ao mesmo período do ano anterior. Nossa perspectiva para 2023, como todos sabem, é ter uma meta maior. Creio que, sem dúvidas atingiremos um número de 1.300 a 1.400 unidades este ano”, garantiu o executivo. Em 2022, bom destacar, a empresa licenciou 1.098 motos em nosso mercado. Daniel Paixão conversou com a reportagem de Automotive Business durante o lançamento da Panigale V4 S 2023 no Brasil, na terça-feira, 8. Vale destacar que a esportiva não sofreu alteração de preço ante ao modelo 2022. Tal é claro indício da estratégia pouco mais ousada da Ducati e, claro, demonstra que a marca observa atentamente aos movimentos das rivais.

 “Decidimos manter esse preço [de R$ 162.990] para que haja maior calibração dentro do mercado. A concorrência lançou modelos de valores próximos a este e nós pela manutenção para que tenhamos uma concorrência leal e para que nosso cliente entenda que tem um produto de absoluta qualidade com valor mais acessível”, explicou Paixão. “Isso pode ser considerado como uma vitória do nosso time aqui do Brasil”, completou o CEO da empresa.

 De acordo com o executivo, nosso país é visto cada vez mais como peça importante para a matriz. “A Ducati considera o Brasil um mercado importante. Temos reuniões constantes [com a matriz] e a manutenção do preço da Panigale V4 S é um sinal de que estamos apostando neste mercado”, frisou.

 O otimismo demonstrado para 2023 pela Ducati não se restringe ao Brasil. Em 2022, a marca reportou recorde global, com alta de 3,6% ante 2021. A expectativa é de que este ano seja ainda melhor para a empresa. “3,6% é um número bem conservador para 2023. Estamos crescendo de modo expressivo na Alemanha e nos Estados Unidos, os maiores mercados da Ducati no mundo. Por isso, acho que esta margem de crescimento global pode ser um pouco maior”, salientou Paixão.

 No entanto, o executivo apregoou cautela: “Mas é importante aguardarmos para ver o que irá acontecer, pois ainda temos questões que podem influenciar nas vendas este ano, como o conflito na Ucrânia”, salientou. Tal crescimento se dá não apenas pela qualidade dos produtos Ducati, mas também pela relevância que a marca adquiriu nos últimos anos ao obter três títulos de construtores na MotoGP, bem como o campeonato de pilotos – conquistado em 2022 pelo italiano Pecco Bagnaia.

 “Estas conquistas representam muito. Para os leigos, a melhor definição da MotoGP é de que é a Fórmula 1 das motos. Ou seja, ganhar títulos de construtores, além do título do campeonato de pilotos é algo único, que representa muito em vários fatores”, exaltou Paixão. “É ainda um laboratório de desenvolvimento para a Ducati e, em termos de marca, projeção mundial, é o máximo que poderíamos obter”, ressaltou. 

Justamente por isso, se fizermos um recorte do mercado brasileiro, a marca de origem italiana vem ganhando adeptos cada vez mais jovens. Estes, por conseguinte, acabam se tornando clientes da marca. Atualmente, a faixa etária que cobre a maior parte dos consumidores da Ducati no país fica entre 45 e 53 anos, apontou Daniel Paixão. O CEO da empresa, contudo, apontou para um movimento significativo de mudança nos leads em potencial da marca.

 “Como disse, começamos a ver um movimento de clientes mais novos. Outro ponto interessante que notamos é que a Ducati vem tendo cada vez mais clientes mulheres. Elas começam a se mostrar muito interessadas no mundo Ducati, e isso é importantíssimo para nós”, comentou.

 Em decorrência de tais transformações, a marca trabalha para estar presente em eventos nos quais o público feminino tem representatividade considerável. A tendência, de acordo com o CEO da empresa, é de que a companhia cada vez mais aposte nessas ativações. Além disso, a Ducati segue com seus eventos principalmente focados nas pistas – sejam eles track days ou cursos de condução avançados voltados para o aperfeiçoamento de técnicas de pilotagem. Por fim, a empresa também investirá em experiências em que os clientes poderão viajar guiando motos feitas pela companhia.

 No quesito lançamentos, a marca mantém calendário e estratégias definidas há algum tempo. Seguirá focando em produtos de ticket médio elevado e, claro, em suas conhecidas séries especiais. Uma delas é a Ducati Streetfighter V4 Lamborghini. Duas unidades da edição limitada serão vendidas para clientes brasileiros, que poderão obter o produto ainda este ano.



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