Uma quinta-feira triste para o motociclismo nacional, com a partida de um personagem fundamental para a história do Motocross brasileiro. Antônio Jorge Balbi não resistiu aos ferimentos sofridos quando acompanhava os treinos de sua escolinha de pilotagem, sábado, na cidade mineira de Oliveira. Acabou atingido por um dos pequenos a quem orientava. Levado a um hospital local, foi operado para a retirada do baço, apresentou melhora no quadro, mas a situação se agravou nas últimas horas.
Balbi foi um dos precursores do MX em Minas, competindo a partir do fim dos anos 1970 e ao longo de toda a década de 1980, sempre com o #60 em sua moto. Fora das pistas, se dedicou a trabalhar na formação de pilotos, especialmente os mais novos – por muitos anos, suas aulas eram dadas em uma pista montada num terreno da Transportadora Minas-Brasil, às margens do Anel Rodoviário, em Belo Horizonte.
Família
O gosto pelo esporte se tornou paixão de família e, depois de acompanhar o filho, Jorginho, no bicicross, o ajudou a se tornar um dos maiores nomes do motocross/supercross no país, com participações no AMA Supercross (incluindo um quinto lugar em Daytona na 450cc, melhor resultado de um brasileiro na categoria principal); no Mundial e inúmeros títulos nacionais. A filha Mariana também se tornou referência, assim como o sobrinho Max, que começou pilotando e se tornou um preparador e mecânico respeitado. Jorge sempre foi presença, seja como chefe de equipe, seja como pai orgulhoso.
Nos últimos anos, Balbi teve a chance de orientar o neto, que também leva seu nome, e começa a competir nas categorias de base.
Ficam o exemplo de uma bela trajetória; o respeito eterno e os sentimentos à família Balbi, que construiu sua bela história nas pistas a partir do patriarca.