Infelizmente para Mitch Evans da equipa HRC, 2021 foi um ano
perdido em termos de corridas, já que o jovem australiano foi prejudicado por
um problema persistente no pulso. Isso significava que, em vez de alinhar ao
lado do ex-campeão mundial Tim Gajser no campeonato de MXGP, foi obrigado a
regressar à Austrália para recupera-se e se preparar-se o melhor possível para
o regresso em 2022.
Com o próximo ano a aproximar-se, e com o arranque do MXGP a
20 de fevereiro no horizonte, procurámos saber o que está a fazer o #43 e como
está a progredir depois de um dos anos mais difíceis em sua carreira.
“Atualmente estou no sudoeste de França. Finalmente mudei-me para cá, depois de quase dois anos a procurar um lugar. Estou muito feliz por estar de volta à área, depois de ficar aqui quando me juntei à equipe da Lívia (Honda 114 Motorsports) em 2019. Estou arrumando a casa e a tentar entrar na rotina de novo. Há muitas pistas boas por aqui, muitas pistas exigentes fisicamente, por isso tenho gostado muito. É bom estar de volta à Europa construindo uma base para o próximo ano.
No momento sinto-me muito bem. Tenho trabalhado muito no meu estado mental quando saio da moto, por isso estou com a cabeça em bom estado agora. Tento aproveitar ao máximo cada dia. No que diz respeito ao condicionamento físico, estou um pouco limitado pelo pulso, mas está a melhorar cada vez que estou na moto, então vou continuar a trabalhando duro para ficar a 100%.”
Um ano inteiro sem corridas, é algo que nunca tinha acontecido ao jovem australiano.
“2021 não aconteceu realmente para mim, foi apenas um borrão e foi muito difícil sentar e assistir. 13 meses é de longe o tempo mais longo que passei fora da moto e, mesmo antes disso, tive uma pausa de cerca de quatro meses, por isso parece que já se passou muito tempo desde que corri. Felizmente, nunca esquecemos como andar de moto, apenas se perde a condição e a intensidade.
Foi a primeira vez que tive que olhar para fora do motocross para tentar encontrar satisfação e, mesmo assim, não consegui, porque o motocross tem sido uma grande parte da minha vida até agora. Durante o tempo livre, ainda conseguia treinar; andar de bicicleta, correr, remar, mas depois de cada cirurgia não fui capaz de usar o meu pulso por cerca de seis semanas no ginásio, mas fui capaz de manter as minhas pernas, o centro e lado direito do meu corpo em forma. Ainda tenho um grande desequilíbrio na massa muscular.
Foi difícil assistir à temporada de MXGP porque só podia ver as corridas depois da meia-noite na Austrália, vi na maior parte os resumos. Queria apoiar o Tim e a equipa HRC e ele fez um excelente trabalho ao longo do ano.”
O regresso de Evan à ação está agora eminente…
“Os meus planos são ficar em França o máximo que puder para me preparar aqui. Vou para a Sardenha em algum momento com a equipa, para testar e fazer as corridas do Campeonato Italiano e depois volto para a França antes do início da temporada. Os meus objetivos para o próximo ano são ter desempenhos consistente entre os 10 melhores. Quero fazer boas partidas, boas mangas e devagar voltar ao ritmo de corrida.
Muitos podem pensar que vou ter os nervos um pouco mais altos do que o normal e por isso não quero colocar a fasquia muito alta em termos de resultados. Prefiro correr de forma inteligente e melhorar os meus resultados ao longo do ano. Também gostaria de agradecer aos membros da equipa HRC por permanecerem comigo e verificarem como estou indo. Não tem sido fácil com esta lesão, as viagens e as restrições globais em vigor, então foi bom ter o apoio deles durante este tempo todo.”
