Sandro Peixe regressou ao campeonato nacional de Motocross depois de praticamente um ano de ausência.
Campeão de MX1 e MX Elite em 2019 e 2020, o ribatejano não conseguiu reunir apoios para defender os seus títulos em 2021 mas voltou agora com uma KTM da equipa LF Sport.
Na abertura da temporada, em Lustosa, o n.º 373 liderou praticamente toda a corrida da classe MX Elite mas uma queda a três voltas do fim impediu que se estreasse a vencer com a 450SX-F.
Falámos em exclusivo com o piloto de Glória do Ribatejo após a ronda inaugural do ano.
Como foi a estreia com uma nova estrutura e com a KTM?
“A estreia foi muito positiva, tive pouco tempo para me habituar à KTM, mas a verdade é que foi uma habituação muito fácil é natural. Muito positivo o primeiro contacto.”
Apesar de não teres muito tempo de rodagem com a moto, parecias muito à vontade. Foi fácil a adaptação à KTM?
”Sim, a moto é bastante leve, tem uma boa ciclística e é muito fácil de manobrar. Tudo isso tornou mais fácil a minha habituação.”
Para quem esteve praticamente uma época ausente, esperavas comandar a corrida Elite praticamente até ao fim, considerando que os teus principais adversários não tiveram uma paragem como tu?
”Não, a verdade é que não estava à espera. Sabia que à partida tinha alguma desvantagem pelo facto de ter estado um mês parado mesmo antes do início do campeonato e também, ter estado um ano ausente não ajudou. Foi uma prova muito positiva e sinto que merecia ganhar a manga de Elite, mas vou continuar a acreditar e a lutar para que aconteça em breve.”
Na interrupção que fizeste em 2021 começaste a trabalhar na Polisport. Como foi recebida na empresa a notícia de que um colaborador seu ia voltar ao ativo para lutar pelo título de campeão nacional de Motocross?
”Foi encarada de forma bastante natural, na minha equipa de trabalho temos contacto diário com motos, com produtos para motos e com pessoas ligadas à competição. Eu também já tinha demonstrado que pretendia regressar, ainda que seja sempre uma luta enorme para conseguir coinciliar o trabalho com o desporto e com a mecânica de preparação da mota.
Tenho que agradecer a abertura da Polisport, o apoio e incentivo, tanto na minha carreira profissional como desportiva e também ao Luís Ferreira, que me tem dado um suporte enorme na preparação da época.”
Claramente que estás competitivo e em condições de tentar reconquistar os títulos de MX1 e Elite. Quais os teus objetivos para esta temporada?
“Hoje em dia não penso em campeonatos, estou a competir pelo simples prazer da competição e de poder conduzir uma moto. Claro que se tiver condições e sentir que posso vencer, não vou desperdiçar a oportunidade.
Hoje em dia a minha motivação é ser a melhor versão de piloto que há em mim, se conseguir vencer e acredito que consigo, farei tudo para aproveitar essa oportunidade.”
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(Foto: Luís Duarte/FMP)