A própria Honda já diz: Nascida nas pistas, pronta para conquistar as ruas. A Fireblade é definitivamente uma máquina de competições adaptada, no bom sentido, para andar nas ruas.
Seu incrível motor de 1000 cc gera uma potência máxima de 216,2 cv a 14.500 rpm e o escapamento Akrapovič transforma o ruído do motor, em canção para os ouvidos dos pilotos. Este veículo gera um torque máximo de 11,5 kgf.m a 12.500 rpm.
Mas antes, um pouco de história: “Em novembro de 1991, a Honda apresentava ao mundo a CBR 900RR Fireblade. A superesportiva foi a sensação do Salão de Milão daquele ano e revolucionou o segmento no ano seguinte, quando chegou às lojas. As outras motocicletas superesportivas da época tinham um motor de quatro cilindros potente e eram muito rápidas, mas apenas nas retas e tinham um peso excessivo. A equipe de engenheiros da Honda, liderada pelo mítico Tadao Baba, considerado o pai da linhagem Fireblade, trabalhou no sentido contrário: reduzir o peso da CBR 900RR para conseguir mais velocidade com menos peso. Desde então, evoluções sucessivas do modelo acumularam inúmeros desenvolvimentos e avanços técnicos, mantendo-se, no entanto, fiel à definição original de um equilíbrio total entre potência e controle. ”
Agora, em 2022 e com o objetivo de conquistar títulos nas maiores competições de motovelocidade do mundo, nasceu a CBR 1000RR-R Fireblade SP. Completamente renovada em relação à sua antecessora, essa nova superesportiva foi construída com foco absoluto na pilotagem em circuitos e pistas de corrida, atingindo níveis de performance e controle sem precedentes para um modelo de rua.
A adição de mais um “R” nesta motocicleta, a tornando a primeira “Triple R” da história, não é um mero detalhe. A letra “R”, referência marcante das motocicletas mais esportivas da Honda, construídas com as mesmas tecnologias dos modelos de competição da marca, encontra na nova CBR 1000RR-R Fireblade SP uma definição nunca antes alcançada na família CBR, aproximando-a de motocicletas lendárias como o protótipo multicampeão RC213V, pilotado por Marc Márquez no MotoGP e a RC213V-S, utilizada pela marca em competições de rua como a Isle of Man TT.
Em uma motocicleta esportiva, o piloto busca se encolher e se integrar ao máximo com a motocicleta para diminuir a resistência do ar que interfere na pilotagem. A nova carenagem da CBR 1000RR-R Fireblade SP apresenta agora novas aletas laterais, uma entrada de ar frontal e vincos aerodinâmicos que possibilitam uma postura extremamente agressiva, tornando o conjunto piloto e moto o mais compacto da categoria. Essa combinação, testada exaustivamente no túnel de vento, atua para minimizar a resistência do ar, evitando a perda de aderência da roda dianteira durante as acelerações e melhorando a estabilidade nas frenagens.
Entrada de ar frontal: A área da abertura é equivalente à Honda RC213V, oito vezes campeã da MotoGP, que proporciona a maior potência entre as motocicletas Honda da categoria 1.000cc. Esse design faz com que o sistema que fornece alta pressão do pistão permaneça estável em qualquer velocidade. Para favorecer a performance e reduzir impacto na maneabilidade devido a permanência de ar na entrada do duto, um “turbulador” foi instalado, maximizando a eficiência do ar durante a pilotagem.
O próximo quesito eu somente conheço a teoria, como eu não tinha um autódromo a minha disposição, não pude realizar este teste: a motocicleta conta com um controle de largada (Start Mode) que foi desenvolvido especialmente para as pistas de corrida. Ele permite limitar as RPM do motor a 6.000, 7.000, 8.000 ou 9.000 rpm, mesmo com o acelerador acionado ao máximo, permitindo ao piloto focar apenas na liberação da embreagem para uma largada mais rápida.
Conectado ao módulo do IMU, o Wheelie Control é uma tecnologia que previne uma empinada involuntária da motocicleta em largadas e ganhos rápidos de velocidade, monitorando a intensidade da aceleração e modulando o torque para manter a roda dianteira sempre em contato com o solo. Para um ajuste mais refinado da motocicleta, o Wheelie Control oferece, além da opção “desligado”, três níveis de atuação, em que o nível 1 permite a elevação intencional e o nível 3 mantém ativamente a roda dianteira no chão.
O quickshifter é item de série e permite ao piloto trocar as marchas para cima ou para baixo sem usar a embreagem e sem nem sequer aliviar a mão no acelerador, além de garantir melhor performance com uma menor perda de giros no motor.
O sistema Honda Selectable Torque Control(HSTC)foi desenvolvido e otimizado para limitar eletronicamente o deslizamento da roda traseira proporcionando a tração ideal para a pilotagem em circuitos. A todo momento, sensores monitoram a velocidade da roda e intervêm para controlar o torque em tempo real evitando as perdas de aderência. Ideais principalmente para quando o chão está molhado.
Não é só Motor e Potência que uma moto de alto desempenho deve ter, ela tem que proporcionar segurança na hora da frenagem, o sistema de freios conta com disco duplo flutuante de 330 mm com montagem radial da na dianteira, combinado com um disco simples de 220 mm na traseira. Além das pinças de freio Stylema, a alavanca de freio também é fornecida pela marca Brembo para oferecer um desempenho de frenagem abrangente ao piloto.
Em conjunto com o sistema de freios, ela possuiu, ao longo das curvas, o Cornering ABS, que controla a força de frenagem ideal a ser aplicada na roda, considerando o ângulo de inclinação medido pelos sensores do IMU, a desaceleração da moto e a taxa de deslizamento das rodas dianteira e traseira. Além disso, essa funcionalidade tem um setting pensado para as pistas, proporcionando uma melhor frenagem em superfícies inclinadas e ajudando a manter o traçado das curvas, o que traz mais segurança e performance na pilotagem.
E a tecnologia para frear essa máquina, não para por aí, ela possui diferentes modo de acerto do ABS, ou seja, permite ao piloto selecionar entre o modo SPORTS, que oferece alto poder de frenagem com menos trancos para uma tocada esportiva em estradas ou o modo TRACK, que entrega performance de frenagem meticulosamente medida para as altas velocidades e frenagens bruscas comuns durante uma corrida ou track-day.
A moto apresenta a segunda geração do garfo NPX controlado eletronicamente, desenvolvido pela Öhlins. Nesse novo modelo, a força de amortecimento é mais estável, o que melhora a absorção de impactos, além de garantir mais estabilidade e segurança durante a frenagem. O conjunto de suspensão e amortecedor dianteiro oferece 3 níveis diferentes de regulagem, podendo ser configurados a qualquer momento e conforme o tipo de pilotagem que se deseja, seja para um passeio ou um track-day.
Como dito acima, essa moto foi projetada para a máxima performance nas pistas, essa CBR vem é equipada com novas rodas de liga forjada aro 17” na dianteira e na traseira, calçadas com novos pneus Pirelli Diablo Supercorsa.
O chassi desta motocicleta é o mesmo dos modelos para competição. Seu novo quadro, em alumínio leve, tem seções de parede de 2 mm de espessura, com rigidez vertical e de torção aumentadas em 18% e 9%, respectivamente, e rigidez horizontal reduzida em 11%, refletindo na melhor experiência de pilotagem e no desempenho.
Voltando a falar do coração desta máquina, o motor 4 tempos DOHC de 1000 cc e 4 cilindros em linha totalmente novo, foi desenhado pela Honda em conjunto com a HRC (Honda Racing Corporation), para atingir uma performance que se assemelha aos modelos utilizados pela marca na MotoGP e o WSBK (Campeonato Mundial de Superbike).
A CBR oferece três modos de pilotagem, que mudam o comportamento do motor para maior performance. Estes modos oferecem formas diferentes de combinar as configurações de potência, freio motor e nível de interferência do controle de torque (HSTC) para melhor ajustar a motocicleta às situações de pista
O uso de componentes leves e soluções específicas da motovelocidade possibilitaram o aumento da potência e do torque máximo, mantendo o mesmo tamanho de motor. Ao usar o mesmo diâmetro e curso (81 mm x 48,5 mm) da Honda RC213V, oito vezes campeã na MotoGP, a fabricante elevou a liberdade do motor, a alta potência e a facilidade de controle para um novo patamar, resultando em uma incrível experiência de pilotagem.
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