Em 2020 a Yamaha IMS Rally Team foi a equipe mais vitoriosa do rally brasileiro, vencendo o Sertões, o brasileiro e o Rally Jalapão. Por isso mesmo, o foco no futuro faz parte dos planos de Wellington Valadares, gestor da equipe e proprietário da IMS Race Wear. A novidade é que em 2021 a IMS também terá mais dois pilotos sob a sua tutela, através da IMS Rally Team: Luciano Gomes e Gabriel Brunning.
Luciano Gomes tem ao seu favor a experiência adquirida no rally nos últimos anos. O catarinense de Joinville soma cinco participações no Sertões, maior prova de rally do Brasil (a primeira vez foi em 2016), sendo o campeão da categoria Marathon já na sua segunda prova, na edição comemorativa de 25 anos, em 2017.
“Será a minha sexta participação no Sertões, o primeiro em 2016 fui mochileiro, ajudei muita gente, com gasolina, resgatando com corda. Em 2017 eu ganhei minha categoria e fiz quinto na geral. Em 2018 fiz sétimo geral e em 2019 não completei, caí no segundo dia, tive que ser resgatado de helicóptero, nem lembro de nada. Em 2020 fui o sexto na Geral”, comentou.
Outra vantagem que pode ser somada é a familiaridade com a motocicleta Yamaha, já que nos últimos anos tem participado das provas através do programa bLU cRU. Os bons resultados de 2020 foram conquistados com uma Yamaha WR450F, mesma moto que está sendo preparada para essa temporada.
“Está uma correria, estamos finalizando a moto, testando, colocando no dinamômetro, testando pneus, tudo. A expectativa é a melhor possível, vou participar da primeira prova na Moto2, mas a partir do Rally Jalapão eu vou passar pra Moto4, que é a Over 45. Questão de estratégia, para termos dois pilotos na Moto1, um na moto 2, um na moto3 e eu na Moto4. Nossa ideia é vencer todas as categorias”, continuou o piloto.
A preparação em tempos de pandemia teve que ser diferente, com mais treinos físicos e menos treinos em motos, como explica:
“Estava me concentrado nos treinamentos físicos, bike, academia, mas agora estamos treinando mais. Até por uma solicitação da Yamaha, demos uma segurada nos treinos com motos, por causa da pandemia, era um risco desnecessário, não podíamos correr o risco de sofrer uma lesão e precisar de hospital. Então pegamos mais leve e voltamos agora com um treinamento mais forte”.
Luciano Gomes é está empenhado ainda em orientar o jovem piloto estreante, o Gabriel Brunning. Isse claro, sem abrir mão da disputa pelos títulos.
“Mesmo correndo essa primeira prova na Moto2, meu objetivo é ser campeão na Moto4. Quero também vencer a minha categoria no Rally dos Sertões e tentar ficar entre os cinco na classificação geral, minha meta é sempre terminar entre os cinco primeiros. O Gabriel Brunning vai correr na Moto3, ele é muito rápido, estamos instruindo bem ele, orientando bem, eu principalmente, como lidero a equipe, vamos tentar fazer com que ele ande mais na frente, mesmo sabendo que o início é bastante difícil”, finalizou
Do futebol para as motos: Gabriel Brunning é o novo nome no Rally
Se uma das receitas de sucesso é mesclar a experiência com a juventude, a IMS Rally Team está no caminho certo. Além de Luciano Gomes, o jovem Gabriel Brunning completa o time. Filho de campeão – seu pai, Genoir Brunning tem muitas conquistas no motociclismo – Gabriel teve seu histórico nas motos interrompido por uma carreira no futebol. Sua história com as motos começou com apenas dois ou três anos, quando ganhou sua primeira moto, uma Yamaha PW50, mas com 9 anos entrou para uma escolinha de futebol e aos 13 foi contratado pelo desportivo Brasil, de São Paulo, um clube formador de atletas. Passou ainda por Ferroviária, Paraná, Criciúma e até o Virtus, de Verona, na Itália.
“Desde os dois, três anos de idade já ando de moto, uma PW, minha primeira moto. No futebol comecei sem pretensão, mas sabendo que gostava do esporte. Fiz uns campeonatos e, com uns 13 a 14 anos, o Desportivo Brasil, um clube de SP formador de atletas, me contratou. Nessa época eu já andava de moto e fazia enduro de regularidade com meu pai, mas tive que escolher, ou moto ou futebol. Como o futebol tem mais visibilidade, escolhi o futebol. Mas a paixão pelas motos sempre continuou, sempre acompanhei meu pai, que na época corria o brasileiro de enduro, apesar do foco no futebol. Joguei na Ferroviária, no Paraná Clube e no Criciúma, que era perto da minha cidade, e então surgiu uma oportunidade de jogar na Itália, em Verona. Fiz uma temporada por lá, me adaptei bem, foi legal, mas tive uma lesão e o clube optou por não renovar o contrato. Voltei para o Brasil e para a Ferroviária, mas depois de um tempo, por uma série de fatores, resolvi regressar para minha cidade”, explicou o jovem de 24 anos recém completados.
Se o futebol perdeu um goleiro, o mundo das motos ganhou um novo piloto. Em 2016 o catarinense de São Ludgero resolveu levar as motos mais à sério e as conquistas começaram a aparecer. Bicampeão da Copa MTC de Enduro (2017 e 2018), 3º no Campeonato Brasileiro, vencendo a etapa final em 2020, quando também venceu duas das três etapas do catarinense de enduro. No regularidade, foi vice-campeão do Enduro das Neves 2018, etapa do Campeonato Brasileiro. Desde muito cedo familiarizado com as competições e vitórias, espera contar com a experiência dos parceiros e iniciar com cautela na modalidade.
“Acho legal essa minha trajetória de atleta, eu tenho esse sangue competitivo e vencedor desde muito novo, primeiro com o futebol e agora com as motos. A expectativa é muito boa, sei que esse primeiro ano vai ser de experiência, ter cautela, terminar as provas, com calma. Quem sabe, lutar ali pelo top10 dos melhores pilotos de Rally do Brasil. Não pratiquei ainda esta modalidade, mas tenho a experiência do meu pai e dos meus companheiros de equipe que estarão comigo, me auxiliando e dando dicas, então em relação a isso estou super tranquilo. Tenho experiência no enduro de regularidade, sei que a navegação é um pouco diferente, mas tenho a noção das planilhas. Sobre a moto, fiz alguns testes, a moto é incrível, ciclística muito boa. Já ando de Yamaha faz 4 anos, então sei da qualidade e da resistência que é uma Yamaha e o seu custo-benefício. Uma moto muito resistente e isso pro rally ajuda muito, pois são provas longas de 4 a 10 dias. Vai ser bem interessante testar ela no limite, no sertão do Brasil. É incrível pensar que depois de todo esse tempo, hoje sou piloto de uma grande equipe, com uma Yamaha, então fica aqui um agradecimento pela oportunidade de poder representar essa equipe, a IMS e todos os patrocinadores.”, finalizou.
O primeiro compromisso dos pilotos da IMS Rally Team já tem data: de 1º a 5 de junho, no Rally RN 1500, válido pelo Campeonato Brasileiro de Rally.
A Equipe IMS Rally Team tem patrocínio da IMS Race Wear, Yamaha, Polisport, Durag, DID, BMP, D’Lua, Duboy, Power MX, Água Platina e WVMC.