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Estudo aponta lesões mais comuns no motocross

Você sabe quais são as lesões mais comuns no motocross? Confira no estudo abaixo – Foto: Simon Cudby

 

*Estudo feito por Roberth Amorim de Oliveira, docente do curso de Fisioterapia do Centro Universitário de Viçosa (UNIVIÇOSA) – Minas Gerais.

Fala galera do braap, hoje iremos falar um pouco sobre as principais lesões que acometem os pilotos de motocross, um assunto muito discutido entre vocês pilotos, mas que tem pouca visibilidade entre os pesquisadores científicos. As lesões podem causar aos pilotos graves consequências, desde uma simples lesão a lesões que podem afastá-los das pistas por um certo tempo ou permanentemente, comprometendo a carreira do piloto.

Foi realizado uma pesquisa com os pilotos de motocross de Minas Gerais, das categorias MX1, MX2, MX4 e MX5, com o objetivo de encontrar quais são as lesões mais frequentes destes atletas. Participaram 93 atletas, todos do sexo masculino e que competem em campeonatos no estado de Minas.

Foram encontradas 313 lesões entre os atletas, sendo o ombro a região mais afetada, com 83 lesões (27%) e o tipo mais comum de lesão foi fratura da clavícula e luxação do ombro. Isso se deve ao fato de que no momento da queda, o piloto estende o braço na tentativa de diminuir o impacto com o solo, ocorrendo uma transmissão de forças diretamente para o ombro.

 

E também por consequência deste tipo de proteção do piloto, que é um reflexo, o punho também é afetado. Encontramos 43 (14%) de lesões no punho, que podem ser do tipo ligamentar ou fraturas nos ossos do punho (carpo). E quando o piloto está voltando as corridas depois de uma lesão no punho, é comum encontrarmos alguns atletas utilizando os protetores de punho (Mobius X8), que vão estabilizar a região e limitar grandes amplitudes de movimento, e fazer com que os pilotos tenham uma corrida segura.

Uma lesão também muito frequente entre os pilotos é a lesão ligamentar no joelho. A articulação do joelho é muito complexa e quando um piloto a lesiona, a recuperação pode ser um pouco demorada, variando de piloto para piloto. Encontramos 18 (6%) de lesões no joelho, nos ligamentos cruzado anterior e posterior, colateral medial e meniscos. E para reduzir as chances e a gravidade das lesões, muitos dos pilotos utilizam a joelheira articulada, por proporcionar maior segurança durante a pilotagem.

Também no membro inferior, o tornozelo/pé, por ser um dos primeiros segmentos corporais a tocar o solo na queda, está sempre exposto a contusões. No nosso estudo, encontramos um total de 36 (12%) lesões no tornozelo/pé. De acordo com os pilotos, no momento da recepção de um salto, a bota pode se soltar da pedaleira, fazendo com que haja um impacto do pé muito forte com o solo, o que pode causar fraturas nos ossos do pé e da canela, e quando acontece o movimento de torção do pé, como ocorreu com Romain Febvre na Argentina em 2019, existem grandes possibilidades de ocorrer fraturas ósseas e lesões ligamentares no tornozelo/pé.

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