Chegou ao fim a temporada 2023 do motovelocidade brasileiro. Ano de muita competitividade, de grandes corridas…
Para não perder o costume… “SALVE, SALVE GALERA!!”
Mais uma edição da COLUNA GALERA SHOW, COM ALÊ EIRAS! A última edição de 2023.
Chegou ao fim a temporada 2023 do motovelocidade brasileiro. Ano de muita competitividade, de grandes corridas, de emoções poucas vezes vistas nas pistas brasileiras e com quebras de tabus e títulos inéditos.
Ao longo da temporada o Campeonato Brasileiro de Motovelocidade (Moto1000GP) e o Superbike Brasil foram as principais vitrines do esporte nacional. Ambos, em algum momento cometeram falhas aos olhos dos amantes do esporte e principalmente aos olhos daqueles que vivem “visceralmente” as competições, isso é fato e certamente seus organizadores já estão projetando um 2024 atacando justamente as eventuais falhas. Na minha impressão, ao olhar para o copo meio cheio ou meio vazio, prefiro ficar com o que vi de melhor, e não dá para negar que grandes feitos aconteceram e as organizações também merecem suas parcelas de mérito em cada um deles.
As categorias de menor cilindrada foram um show a parte nos dois campeonatos, os jovens talentos estavam com “as pupilas dilatadas” (bordão que uso sempre nas narrações) ao longo da temporada e protagonizaram disputas que foram sempre decididas nos metros finais.
Kaká Fumaça
Nas categorias de maior cilindrada no Moto1000GP Kaká Fumaça (600cc) e Ramiro Gandola (1000 cc) foram os grandes campeões e destoaram dos demais, andaram como se estivessem numa categoria só deles. Kaká soberano desde a primeira prova da temporada e o “El Gladiador” Ramiro Gandola, mesmo iniciando o campeonato no final do primeiro terço da competição reinou absoluto desde a sua chegada e merecidamente conquistou o título.
Felipe Gonçalves
Já no Superbike Brasil o embate Felipe Gonçalves (Texx/PSBK) e Théo Manna (PRT) na Supersport 600 foi um dos grandes embates da temporada, eles protagonizaram grandes disputas ao longo do ano, tendo sempre um olhar atento para o que fazia Gustavo Gao (Pioneiro Motonil Motors), que principalmente no final da temporada se mostrou cada vez mais rápido e tendo junto deles na reta final do campeonato o piloto Felipe Macan (Racer X) que retornou para a categoria, inclusive conquistando a vitória na etapa final em Interlagos. No fim, título para Felipe Gonçalves, um bicampeonato que o credencia a ser um dos grandes destaques na próxima temporada andando na categoria PRÓ (moto 1000 cc), esse acesso para as motos de maiores cilindradas também vai acontecer com o jovem de 17 anos Theo Manna, que esse ano já fez parceria com Leandro Mello nas provas de Endurance.
No grid principal do Superbike Brasil a batalha pelo título foi até a etapa final. Ao longo das 10 provas da temporada foram 3 vencedores diferentes, Gui Brito (Honda) venceu 6 vezes, Ramiro Gandola (AGEM) venceu 2 vezes, mesmo número de vitórias do uruguaio do Time BMW Rider Experience, Maxi Gerardo. Suas duas vitórias e as 6 vezes que chegou no segundo lugar garantiram o título a Maxi.
Ramiro Gandola
Resultado… tivemos uma temporada onde pela primeira vez na história, os dois campeonatos tiveram como campeões nas categorias principais pilotos estrangeiros. O argentino Ramiro Gandola foi o Campeão na categoria principal do Moto1000GP e Maxi Gerardô foi o primeiro campeão estrangeiro da história do Superbike Brasil. Ou seja, temos “LOS CAMPEONES DEL BRASIL”. Pois é meus amigos!!!
Maxi Gerardo
Os feitos não acabam por aí. Maxi Gerardô foi o campeão da categoria principal do Superbike Brasil com o menor número de vitórias numa mesma temporada. De quebra, derrubou a hegemonia de 10 temporadas seguidas de títulos do time Honda, 2 com Maicon Teixeira (2013, 2014), 2 títulos de Diego Faustino (2015, 2016), 4 títulos de Eric Granado (2017 a 2020) e 2 títulos de Pedro Sampaio (2021, 2022).
Não posso deixar de destacar aqui alguns fatos que, ao meu ver, são extremamente relevantes nessa temporada e que certamente são fatores a serem comemorados por todos que queremos e desejamos um motovelocidade nacional mais forte. O time Honda acreditando em suas crias, pela primeira vez teve como pilotos principais jovens e promissores talentos (Gui Brito 20 anos, João Carneiro 19 anos), ambos oriundos das categorias de base (Honda Jr Cup e Copa Pró Honda CBR650R). Outro fato importante, os principais pilotos da América do Sul (argentinos, uruguaios, paraguaios, peruanos, etc) competiram no Brasil, o que elevou ainda mais o nível das competições. Os grids das categorias de alta cilindradas também aumentaram o número de pilotos competindo, a média de idade dos pilotos nas categorias maiores vem caindo, ou seja, cada vez mais temos os jovens que cresceram no esporte chegando nas categorias maiores (seguindo a tendência que trouxe na edição passada).
O que esperar para a próxima temporada? Ainda não tenho como precisar, vai depender muito dos passos que os pilotos darão, das escolhas que farão entre dezembro e fevereiro de 2024 e como são muitos, não temos como imaginar as configurações que teremos nos dois campeonatos.
O que é certo é que todos já estão se mexendo, os campeonatos, as equipes, os pilotos, todos em busca do melhor para si. Algo natural, mas que interfere diretamente no que veremos nos grids da próxima temporada.
Posso dizer, que estou muito esperançoso de que teremos mais uma grande temporada. Inclusive recomendo que nós, amantes dos grandes espetáculos, já façamos um check-up para que nossos corações aguentem tanta emoção. Espero obviamente ter o privilégio de narrar alguns desses pegas. Torçam por mim (rsrs)!!!
E você pensa igual a mim? Qual a sua opinião? Será que voltaremos a ter brasileiros campeões nas categorias principais?
Chega logo 2024, já estou com saudades de 2023!!
A você leitor que esteve comigo ao longo de quase todo o ano (começamos em abril) com a Coluna GALERA SHOW, que acreditou na minha capacidade de gerar conteúdos por aqui também, meu muito obrigado. Que seu ano tenha sido maravilhoso e que o próximo que se aproxima possa lhe proporcionar saúde, sabedoria e muito motovelocidade. Estaremos sempre juntos, independente do que aconteça, na pegada do “NINGUÉM É DE NINGUÉM” como sempre digo nas transmissões.
Interaja comigo através do meu instagram @ale.eiras.narrador , traga seu ponto de vista, sua sugestão de novos temas, não esqueça também de avaliar o conteúdo nos emogis abaixo.
Espero que tenham gostado e quero encontrá-los novamente por aqui na próxima edição.
Forte abraço…
GALERA SHOWWWWW!!!!