A Bimota, depois de ter passado por um período difícil de praticamente bancarrota, viu finalmente a possibilidade de voltar ao mercado desde que a Kawasaki no ano passado decidiu investir na recuperação da marca com a sua participação em 49% do capital da Bimota.
A partir de aí novos projectos começaram a tomar forma e outros a serem recuperados de forma incutir uma nova dinâmica de mercado em torno daquilo que sempre marcou a marca transalpina, o desenvolvimento de quadros chassis únicos com ciclísticas de topo utilizando motores provenientes de acordos com marcas existentes no mercado. Foi o caso no passado com a Ducati, com a Suzuki com a Honda e com a Yamaha, e até mesmo com a Kawasaki, realidade que se vê renovada e que passará a ser obviamente de forma exclusiva.
Consequência desta revitalização da marca por parte da Kawasaki vimos na passada feira de Milão de 2019 a apresentação de um protótipo Bimota Tesi H2 que montava o motor sobrealimentado da famosa Kawasaki H2, um modelo que se encontra ainda em fase de desenvolvimento e que a situação da pandemia veio certamente atrasar a sua conclusão.
Mais certa é a apresentação da versão final da tão aguardada Bimota KB4, uma desportiva de estilo retro que, segundo as últimas informações irá utilizar um motor Kawasaki de 4 cilindros em linha e 1043cc, de 142cv de potência, o mesmo que já é utilizado por vários modelos da actual gama Kawasaki, seja nas várias versões das Z1000, como na Versys e nas desportivas Ninja.
Sendo um projecto de conceito neo-clássico é de esperar que o quadro seja do tipo trelissa de tubos de aço e que venha a montar componentes de topo na sua restante ciclística nomeadamente suspensões electrónicas da Ohlins, realidade que foi recentemente ventilada pela MCN e confirmada pela própria marca que revelou nas redes sociais pormenores técnicos da sua utilização e do seu funcionamento.
De acordo com Gianluca Galasso, o actual responsável de comunicação da marca, a situação actual em consequência da pandemia Covid-19 obrigou a Bimota a parar a sua produção durante um mês, assim como todos os seus fornecedores foram também afectados pela mesma realidade, o que provocou uma enorme fase de estagnação produtiva e económica . Não podendo atrasar mais a conclusão do desenvolvimento da sua KB4 é muito natural que a marca venha a adoptar as suspensões de controle electrónico da Ohlins .
Estamos certos que muito em breve veremos a versão final da nova Bimota KB4.