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Mundial de Enduro – Vale a pena ver de perto

Na última etapa deste ano, em Santo Andre/Santiago do Cacém, em Portugal, pude acompanhar de perto o evento e o desempenho de Bruno Crivilin, piloto Honda e capixaba de Aracruz, que há quatro anos representa o país na competição…

O Mundial de Enduro 2023 terminou, mas a temporada ainda não. Os pilotos da modalidade encaram o International Six Days of Enduro, de 6 a 11 de novembro, em San Juan, na Argentina. É uma espécie de Copa do Mundo de Enduro e a competição, dividida por seleções e clubes, que incluem o Brasil. Grã Bretanha, Itália, França estão entre as favoritas, além de nomes que se destacaram durante o ano, como o espanhol Josep Garcia.

Embora não midiático aqui no Brasil, o Mundial de Enduro é um dos campeonatos mais desafiadores do mundo off road. A cada etapa, os pilotos ficam em cima da moto durante sete a oito horas por dia, entre deslocamentos e especiais (trechos cronometrados), com pedras, areia, terra batida, subidas, descidas, travessia de rios, entre outros.

Na última etapa deste ano, em Santo Andre/Santiago do Cacém, em Portugal, pude acompanhar de perto o evento e o desempenho de Bruno Crivilin, piloto Honda e capixaba de Aracruz, que há quatro anos representa o país na competição. Dez vezes campeão brasileiro e dono de um incrível talento e habilidade na modalidade, encarar o Mundial de Enduro é um grande desafio na carreira de Crivilin. Os adversários são muito rápidos e se adequam rapidamente a qualquer piso ou obstáculo. Em uma prova como essa, contra o relógio, qualquer pequeno erro, como uma deslizada fora do planejado, pode ser fatal. As diferenças de tempo entre os pilotos são de poucos segundos e o nível técnico é altíssimo.

A temporada 2023 terminou com o título de Steve Holcombe (GBR), piloto da Beta, na Enduro GP (Geral) e categoria E2. Josep Garcia (ESP), da KTM, foi o campeão da E1. Pela E3, vitória de Brad Freeman (GBR), também da Beta. Na geral da Junior, pilotos até 23 anos, Jed Etchells (GBR), da Fantic, levou a melhor. Da mesma equipe, Kevin Cristino (ITA) consagrou-se campeão da Youth, pilotos até 17 anos. Entre as mulheres, na classe EW, Jane Daniels (GBR), também da Fantic, segue imbatível, com uma temporada invicta.

 Bruno Crivilin terminou a competição em sétimo na E1, com a CRF 250RX. Vale lembrar que ele é dono do melhor resultado de um brasileiro no campeonato, com o sexto lugar em 2022 e 2021, na classe E1. Em 2020, ele fez história ao vencer uma etapa do evento e conquistar a medalha de bronze na classe J1 (para pilotos até 23 anos e com motos até 250cc).

O que é legal do Mundial e da modalidade é o fato de o público ter acesso às especiais, que são de livre acesso. Não tem que comprar ingresso, basta ir até o ponto e assistir aos pilotos acelerando, claro, que nos locais permitidos, por questões de segurança. Um deles nessa última etapa, tinha de fundo o castelo, visual lindo para as fotos.

Quem curte um off road, competição e turismo, reunir o Mundial de Enduro com um passeio pela região da prova é uma viagem perfeita. Para 2024, a organização já divulgou o calendário, com etapas de março a setembro, em Portugal, Romênia, Itália, Eslováquia, Reino Unido e França.



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